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O que é Iniciação científica


Iniciação Científica >> O que é iniciação científica



A iniciação científica (IC) enquanto experiência de pesquisa voltada para alunos de graduação interessados em conhecer as atividades de investigação desenvolvidas nas instituições de Ciência e Tecnologia percorre uma longa história no país. Desde a criação das primeiras universidades brasileiras se tem notícias de que jovens estudantes participam ativamente do trabalho de pesquisa desenvolvido nessas instituições. Na condição de estudantes universitários, muitos jovens iniciavam as suas carreiras profissionais como auxiliares de laboratório, ainda que de maneira informal.

Aos poucos, a iniciação científica se torna uma prática sistemática. Com a criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq em 1951, as primeiras bolsas para alunos são oferecidas, e progressivamente a IC começa a se institucionalizar. No entanto, somente na década de 70 é criado o programa de bolsas de IC. Até aquele momento, as bolsas eram dadas no “balcão”, isto é, eram solicitadas individualmente. Havia bolsas, mas não uma política institucional de IC. Mas foi graças a essa iniciativa que as universidades passaram a organizar seus programas internamente e, então, o CNPq cria o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC, na década de 80. Cotas passam a ser disponibilizadas às universidades que mantêm programas próprios de iniciação científica.

Já a iniciação científica no ensino médio foi inaugurada com o Programa de Vocação Científica – Provoc, da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, criado em 1986. O êxito do programa, estimulando jovens que ainda não definiram suas escolhas profissionais a seguirem carreiras científicas, influenciou a criação de programas como o Jovens Talentos, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro – Faperj e, posteriormente, a se institucionalizar no CNPq como programa de bolsas. Inicialmente, por meio de bolsas de Iniciação Científica Júnior, repassadas para as Fundações de Amparo à Pesquisa estaduais (FAP’s), que então estabelecem convênios com as instituições de pesquisa. Mais recentemente, em 2010, o CNPq lança também o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio – PIBIC-EM, com cotas diretamente para as instituições de ensino e pesquisa. Hoje existem dezenas de programas de iniciação científica no ensino médio disseminados no país, instituídos tanto através dessas políticas do CNPq e das FAP’s, como também através de iniciativas privadas. Veja o detalhe desses programas na nossa página Programas de IC no Brasil.

A experiência de pesquisadores-orientadores e de alunos do ensino médio só reafirma a importância desses programas no processo de escolha profissional dos jovens, no incentivo a seguirem carreiras científicas e na contribuição fundamental para se projetar o futuro do país.

Confira nos vídeos a importância dessas experiências para estudantes e pesquisadores.